
Com a chegada da versão brasileira de "World of Warcraft" --o game online mais popular do mundo, com 12 milhões de assinantes--, muitos jogadores passarão algumas horas em frente ao computador em companhia de seus personagens guerreiros. Mas o prazer virtual pode levar à insatisfação real. De acordo com uma pesquisa realizada na universidade de Brigham Young, nos Estados Unidos, divulgada em fevereiro de 2012, jogos online de RPG podem afetar negativamente a vida real de uma casal. Por outro lado, não são poucos os casais que, quando dividem o mesmo gosto, se aproximam ainda mais com os games.
Liderada pela estudante Michelle Ahlstrom e pelo professor Neil Lundberg, a pesquisa analisou 349 casais para saber de que maneira jogos online como "World of Warcraft" afetam a satisfação dos cônjuges. O estudo notou que 75% dos casais interessados em seus personagens virtuais gostariam de dedicar mais tempo ao casamento do que aos grupos do game.
A culpa é do jogo?
"O primeiro passo para identificar um problema no relacionamento é prestar atenção na qualidade dele", explica o psicólogo Alexandre Bez, especialista em relacionamentos pela Universidade de Miami. A infelicidade na relação pode ter vindo primeiro e ser a responsável por tantas horas diante do computador. Com a vida conjugal indo mal, é natural que pessoas a procurarem algo que as satisfaça. "Muitas vezes, perde-se a cumplicidade, deixando uma lacuna, que acaba sendo preenchida por outra atividade, como jogar. E isso acaba dando a entender ao companheiro que o relacionamento não importa mais."
A culpa é do jogo?
"O primeiro passo para identificar um problema no relacionamento é prestar atenção na qualidade dele", explica o psicólogo Alexandre Bez, especialista em relacionamentos pela Universidade de Miami. A infelicidade na relação pode ter vindo primeiro e ser a responsável por tantas horas diante do computador. Com a vida conjugal indo mal, é natural que pessoas a procurarem algo que as satisfaça. "Muitas vezes, perde-se a cumplicidade, deixando uma lacuna, que acaba sendo preenchida por outra atividade, como jogar. E isso acaba dando a entender ao companheiro que o relacionamento não importa mais."
- Se as atividades do casal não são negligenciadas, jogar não é um problema
O psicólogo ainda comenta que há casos extremos que ele já conheceu, como o de um homem que se divorciou devido à grande dedicação ao mundo virtual. "Ele não só se separou da mulher, mas, também, perdeu o trabalho por ficar jogando", conta.
O estudo da universidade de Brigham Young revela que não é o tempo gasto com jogos que causa insatisfação, mas, sim, os argumentos para jogar ou a falta de horário para deitar na cama. Essas situações acabam levando a problemas, como pouco tempo para a vida conjugal, falta de comunicação e cumplicidade.
"O problema é a sensação de ser deixado de lado por causa de um jogo", explica a psicóloga Luciana Ruffo, membro do Núcleo de Pesquisa em Psicologia da Informática da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). Para ela, essa situação acaba gerando um mal-estar entre o casal, além das eventuais brigas e cobranças.
Prazer dividido
Os pesquisadores notaram que alguns dos casais pesquisados são formados por pessoas que jogam juntas, o que leva, em 76% dos casos, a um relacionamento mais positivo e saudável --dentro e fora do mundo virtual. "Nesse caso, existe um ponto em comum entre o casal", diz Luciana Ruffo, que completa: "É mais uma forma de interação."
Prazer dividido
Os pesquisadores notaram que alguns dos casais pesquisados são formados por pessoas que jogam juntas, o que leva, em 76% dos casos, a um relacionamento mais positivo e saudável --dentro e fora do mundo virtual. "Nesse caso, existe um ponto em comum entre o casal", diz Luciana Ruffo, que completa: "É mais uma forma de interação."
Para Alexandre Bez, não há problema em conciliar a vida virtual e real no relacionamento. Basta que os horários não sejam muito extensos e que haja convivência entre as pessoas. "Pode jogar junto, brincar à vontade, desde que as atividades do casal não sejam colocadas de lado. É nesse ponto que uma diversão pode ser transformar em algo ruim", explica.
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